Ele me olhou nos olhos.Havia medo e pavor naqueles olhos negros. Acuado no canto da sala, a rapidez de seus olhos indicavam que queria uma brecha para a fuga e policiava meus movimentos com medo de alguma reação brusca do meu porrete. Senti pena, um ser frágil, que deveria ter se perdido ou saído em busca de comida e acabou frente a frente comigo.Ele olha pra mim, como se pedisse pra que fosse misericordioso. Tento não me sensibilizar e levanto o porrete pra atingi-lo, mas com dó, vacilei e o rato corre para o quarto do meu filho, de seis meses.
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