Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
maiores informações em marcos.antoniofilho@gmail.com ou no próprio blog

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Saudades,Cássia Eller



Se tinha uma cantora que tinha o talento nato para interpretar qualquer canção, era Cassia Eller. De Kurt Kobain a Beatles, de Cazuza a Gilberto Gil,os sambas do Riachão, Wally Salomão, Jimi Hendrix, ela fazia sua salada musical ser imortalizada na interpretação. foi a morte de artista que mais sofri, pois eu era fã incondicional dela desde veneno antimotonia e o se Acústico finalmente dava o sucesso e reconhecimento que ela merecia. Cássia faz muita falta na musica brasileira. E dez anos se passaram muito rápido...

Fiquem com o show mais espetacular dela, na minha opinião, rock in Rio 2001


terça-feira, 11 de outubro de 2011

15 anos sem Renato Russo


Pode-se falar o que quiser. A Legião tinha arranjos simples? tinha eram raras as músicas de mais de quatro acordes, e isso era uma exigência de Renato Manfredini Júnior, que achava extreamente difícil se lembrar de tantas notas de tantas músicas diferentes. O inegável foram a sletras de Renato, que era ele mesmo nas letras, que faziam milhares de jovens se identificar com as canções. taxá-lo de poeta é a hipérbole preferida dos críticos e Messias a dos fãs mais fanáticos, mas prefiro definir como um letriste excepcional, que expôs sua alma, sua filosofia e seus pensamentos em todas as súas músicas. De todos os álbuns, tenho uma música preferida, vou fazer uma pequena resenha sobre elas, em homenagem ao Renato, aos quinze anos de sua morte:

Legião Urbana (1984) - Por enquanto

Uma da spouca smúsicas da Legião que acho melhor na voz de outra pessoa, Cássia Eller. "Por Enquanto"  que encerra o álbum, é uma ponte para o que viria no próximo álbum. Para mim a maravilha dessa música são os versos "Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre, que o pra sempre sempre acaba"



Dois(1986) - Andrea Doria
Era para ser um disco duplo, chamado Mitologia e Intuição, mas a gravadora vetou. E ficou como dois mesmo. Dois consolidava a banda como uma das grades do Rock nacional, que 86 vivia um momento mágico. Andrea Doria era um transatlântico que fazia o trajeto Gênova -Nova York e afundou, levando junto obras de arte inestimáveis. A Canção fala de um relacionamento que não deu certo, e o título da canção faz uma analogia com isso, de momentos inestimáveis que se perderam.



Que país é este? 1978-1987 (1987) - Eu sei
O disco mais raivoso da Legião, onde se via mais a influência do punk rock do aborto elétrico, com muitas das músicas feitas nessa época. Eu sei não é da época do aborto, mas sim de quando Renato Russo apenas munido de um violão cantava canções estilo folk par aum bando de punks de brasília. Era o trovador solitário.( daí percebe-se a inspiração para o nome do meu blog)o verso que mais marcou logo de primeira quando ouvi essa canção foi "um dia pretendo tentar descobrir, porque é mais forte, quem sabe mentir", meu amigo tem uma paródia hilária dessa música, mas deixa pra lá....rs


As Quatro Estações (1989) - Sete Cidades
Depois do triste acontecimento do Mané Garricnha, a banda se tornou introspectiva, e acabou fazendo um álbum com várias temáticas religiosas, de Buda à Cristo. Coincidência ou não se tornou o album mais vendido da banda e com o maior número de sucessos. Particularmente, gosto muito de Sete Cidades, pela dor da separação, da tristeza de quem ver quem se ama longe, quando ele cantava "quanto não estás aqui, meu espírito se perde...voa...longe. longe..." parecia que sentia a distância e a dor em mim. ótima canção.



V(1991) - Teatro dos Vampiros
Muitos classificam como melancólico, mas prefiro bipolar. V tem um lado mais progressista com muitas mais longas, letras falando de drogas, do plano collor,da perda do amor, mas também falava de relacionamento, e de acordes animados. Mas minha preferida é teatro de Vampiros, fala como crescer em meio há tantos problemas, na época era sobre o plano collor o desemprego, a inflação, mas ela se encaixa ainda aos dias atuais



Descobrimento do Brasil (1993) -Vamos fazer um filme
embora tenham acordes animados e músicas de fácil entedimento, o disco é uma grande despedida. Ora sobre um amor (Vinte e nove, Os barcos) a infância (Giz), a esperança do país( Perfeição) a um amigo falecido( Love in the afternoon) às drogas(Só por hoje), mas  Vamos fazer um filme me lembra minha adolescência quando eu cantava que minha turma é legal, e viver é foda.e até hoje continua sendo



A tempestade (1996) - Mil pedaços
Esse sim pode ser considerado sombrio e deprimente. Renato não  regravou as canções e as múscias ficaram apenas com a voz guia. todos conhecem via láctea e Dezesseis, mas particularmente gosto muito de mil pedaços, uma musica acústica, sem guitarras, que fala d eum amor perdido  ( tema sempre recorrente ao Renato) que chega a doer quando ele canta "Adeus, Adeus, Adeus meu grande amor" devido a ênfase no Adeus. Muitas fossas tendo essa música como tema. rs


Uma outra estação (1997)- Sagrado coração
Era pra sair junto com a tempestade em um disco duplo, mas a gravadora novamente recusou. O disco não é totalmente depressivo, tem músicas esperançosas e reflexivas. Mas a que escolhi é triste. não existe registros de Renato cantando a música, ela é insturmental. Mas a letra tem no encarte do cd, e ao lê-la você ve como um pedido de ajuda, lendo esses versos Por isso lhe peço por favor/ Pense em mim, ore por mim /E me diga:
- Este lugar distante está dentro de você / E me diga que nossa vida é luz / Me fale do sagrado coração / Porque eu preciso de ajuda . Não dá pra não ficar ao menos pensativo com esses versos



Por mais digam e reclamem da Legião, eu gosto e sinto falta das suascanções que me disseram tantas coisas quando eu tava meio revoltado da vida (eu ainda sou revoltado) rs

terça-feira, 4 de outubro de 2011

músicas para nossos ouvidos: Chop Suey!


Ainda estou tentando acalmar as emoções, mas ainda não consigo. é ver a banda que com dezesseis anos você descobre, curte, admira, compra todos os cds, baixa todos os lados B, todas as versoes ao vivo e jura pra si mesmo que na primeira vez que vem ao Brasil você iria. A banda se separa, sua esperança diminui. Mas eles voltam e vem tocar na sua cidade. Não tinha como não ir, não tinha como esperar ansiosamente por esse dia. minha alma roqueira ansiava por isso, e o System of  Down era onde eu sempre pude extravazar minha raiva, exorcizar meus demônios pra tudo que senti em diversas épocas de minha vida. vê-los de novo, não tem preço. Sempre que voltarem ao Brasil estarei lá na platéia. Long Live SOAD!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conto: O fim é esta noite.


A situação estava crítica. Eu já estava vendo filme romântico e entendendo o porquê deles existirem. Você não sabe por que eles existem? Pra bobocas imaginarem e acreditarem que no fundo, no fundo, podem viver histórias de amor lindas, doces e açucaradas. É, eu via aquele final meloso e perfeito e algumas lágrimas nos meus olhos desciam. Não por sonhar em ter um amor assim, mas sim porque eles não existem, apenas se alimenta a tola esperança de alguém vai aparecer na vida e voilá! Roteiro de hollywood. Não existe amor no coração das pessoas. Existe rancor, preconceito, intolerâncias. Mesmo sofrendo de solidão, é mais vantagem estar sozinho do que viver com alguém. As pessoas apenas acham que o amor é um jogo, onde tudo que você disser será usado contra você na hora certa. Mas eu já to cansado de viver só, sem arrumar minha cama, bebendo sem parar e vendo pornografia na internet. Até que se é feliz, mas por muito pouco tempo. Dessa noite minha vida não passa.

Já não trabalho. Não tenho muitos amigos, os poucos que ainda tenho sabem-se lá onde estão, estão fazendo coisas mais divertidas do que ajudar um merda. É o que eles pensam. Que sou um merda, merda são eles, eu apenas não aceitei as regras desse jogo sujo que é viver em sociedade. Ou você sacaneia ou é sacaneado. Não sei sacanear ninguém, por mais que eu tenha tentado, nas vezes que eu consegui foi por acidente. E já não agüento mais ser sacaneado, em todos os âmbitos da minha vida, tem sempre alguém pra te passar pra trás na maior cara de pau. Já chega. O bom é que ninguém deve dar por falta, ninguém mesmo, fui me afastando de todos, tendo ódio das relações humanas, que são tão doentias e que todos fazem questão de aparentar normais. Já estou enjoado de tanta aparência, cansado de ver que as pessoas só falam o que acham realmente de você quando te vêem pelas costas e pela frente proferem um mar de rosas. Sei que não ser mais benquisto por ninguém por ser sincero ao extremo, sendo que é assim que as coisas deveriam ser. A misantropia é o que cultuo apenas. Chega de mentirinha boba, chega.

Ligo o computador, sinto-me na necessidade de fazer uma despedida. Sem cartas suicidas dizendo que odeio o mundo e as pessoas, blábláblá. Nem dizendo o que eu estou deixando pros amigos. Pode jogar tudo no lixo ou dar pros pobres. Eu queria apenas ver aquelas fotos felizes e adulteradas por computador, pra parecem mais jovens, mais belas e sem imperfeições. Busquei e achei o de cada mulher que amei nessa vida, toda que me por algum momento me deu uma perspectiva, um motivo pra lutar e crescer, mas que na primeira oportunidade me deu um pé na bunda e me deixou a ver navios, ou que fez da minha vida um inferno por causa de ciúmes ou por outra coisa parecida. Olho as fotos de cada uma e murmuro pra mim mesmo: “tchau, vagabunda!”. “Adeus, sua vaca” “Ari vederte cadela!” Pronto, agora é ir aos meus emails e apagar todos eles, não quero que fiquem fuçando minha vida e nem os sites pornôs que visitei. Onde já se viu? Um morto tem que ter privacidade.

Saí. Não ia fazer isso em casa. Não tenho sonífero nem veneno pra rato, nem guardo uma espingarda ou um 38 em cima do armário. Morte por envenenamento é coisa de mulherzinha e tiro nos cornos suja muito e faz um barulho desgraçado.  Resolvo sair andando por aí, hei de encontrar uma bela ponte ou viaduto, onde eu possa pular e me estabacar com o mínimo de dignidade. De cabeça de preferência, pra que seja uma pancada só e pronto, os meus miolos grudados no asfalto.  Passo em frente aqueles bares que fervilham de gente. É engraçado ver as pessoas rindo, enchendo a cara, se divertindo, enfim tudo é uma ilusão, sabe-se lá que a pessoa que você está dividindo a mesa, é sua inimiga íntima, que com toda a falsidade do mundo senta com você. Aquela que só espera você entregar o ouro, pra usar contra você. Nunca achei com quem conversar que depois não tenha usado o que eu disse contra mim. Esse é o sistema, essa é a vida, se você não compactua com ela, está na vida errada. É o que eu pretendo corrigir.

Achei o viaduto ideal. Um pouco desgastado. Uns 10 metros de altura, o tombo vai ser bonito e ainda se por acaso eu comprovar que sou um vaso ruim de quebrar, caio em cima de uma via expressa e vem um carro e catapimba! Já estou me dirigindo até ela, vou sentar no parapeito e pensar naquelas coisas de filme, estilo flashback. Poxa , nem deixei uma carta de despedida. Também quem iria ler? O síndico do prédio que arrombaria a porta?Não ele só arrombaria pra ver se eu tinha deixado o dinheiro do aluguel. Até achei que teria um suicídio calmo e tranqüilo quando ouço uma voz feminina um pouco abafada pelo o barulho dos carros passando:
    - Parece que isso aqui é point de suicida! Urrú!
Virei e a observei. Cabelo castanho cacheado, olhos claros nariz fino e comprido, magra, mas com algumas curvas discretas, enfim uma mulher bonita, o que a trás justamente a este viaduto? E pelo visto, pra se matar também? Ah isso não importava, o que me incomodava era que ela veio puxar assunto e eu não estava muito a fim de conversar. Seu hálito tinha um acentuado sabor de álcool. Deve ter sido pra tomar coragem.  Voltei novamente pro horizonte e de vez em quando olhava pra baixo enquanto ela se sentava no parapeito praticamente ao meu lado. Olhou pra mim por algum tempo, com um olhar curioso de menina arteira. Resolveu puxar assunto de novo:
    - A vida é uma bosta não é?
    - É. – fui sucinto
    - E qual o seu motivo de estar aqui?
    - Você acabou de falar.
    - Mas foi o que exatamente? Dor de cotovelo? Dívidas? Cometeu um crime imperdoável?
    - Não.
    - Sabe por que eu estou aqui? Eu to cansada de viver, tudo desanima tanto, você tenta ser algo na vida, mas tem alguém te puxando o tapete. As pessoas são falsas, não encontrei um homem que pudesse ser sincero o suficiente comigo. Só fui enganada.
    - Sinto muito.
    - Sente nada, pois suicidas são egoístas, ainda mais sendo homens! Seja sincero, porra!
    - Ok. Não to nem aí pra você, nem sei por que ainda você está aqui, está me atrapalhando e me enchendo o saco. Talvez me jogue agora porque assim morro e não preciso ter que continuar te aturando. Satisfeita?
    - Você me magoou, mas foi sincero. Queria poder ter te conhecido antes. Seríamos um pouco menos tristes, acho.
    Fitei-a nos olhos. Uma lágrima escorria do rosto dela, mas sua expressão irônica continuava  a mesma.  Sua lágrima vinha carregada de dor, mas seu rosto continuava impassível de expressar qualquer sentimento. Resolvi então confessar:
     - Temos os mesmos motivos.
    - Você pensou em lutar, em seguir sua vida, tentar arrumar outro sentido?
    - Claro que sim. Mas vi que não adianta nada. É um sistema, ou você dança conforme a música ou pede pra sair do baile. Eu estou tentando arrombar a porta, já que ela não se abre pra mim.
    - Você é bem metafórico hein? – Ela gargalhava. E há poucos instantes atrás chorava discretamente. Bipolar? Talvez.  – Eu deveria ter te conhecido antes mesmo, e devemos até morar perto, afinal escolhemos um lugar em comum pro suicídio. E agora se cairmos juntos? Você é casado? Não quero que falem fui sua amante quando acharem nossos corpos estatelados no chão.  Morrer e ficar com fama de vagabunda seria horrível!
    - Você quer morrer e ainda quer se importar com o que vão dizer do defunto? – Agora foi a minha vez de rir – Imagem é tudo, né? Mas pense pelo lado positivo, se cairmos juntos, dirão que foi uma morte poética, estilo Romeu e Julieta. Vivíamos um amor impossível que só poderia ser consumado na morte.
    -Você é casado, não respondeu por que é. Eu vou indo prefiro me matar ouro dia, pois graças a um idiota tenho que viver mais uma droga de dia!
    Ela se levantava do parapeito enquanto virei rapidamente meu corpo e a peguei pelo braço. Um beijo foi inevitável ali. E a expressão clichê “se beijaram como se não houvesse amanhã” caiu como uma luva, eu não me darei ao trabalho de inventar outra melhor.
    - Sou divorciado.
    E um passo em falso em cima do parapeito tirou toda a poesia do meu suicídio. E a vida não passa como um filme durante a queda. Isso só acontece no cinema mesmo. Droga.

   

segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu e a poesia


Eu e a poesia,
A poesia e eu,
Somos cúmplices,
Somos culpados,
Somos inocentes,
Somos inimigos,
Somos mentes do mesmo crime
E nos deleitamos de sangue
Das nossas palavras.

Eu e a poesia,
A poesia e eu,
Somos loucos,
Somos desvairados
Somos ousados
Somos difamados
No tribunal da vida,
Onde a prisão é perpétua
E o verso é algema.
Eu e a poesia,
A poesia e eu,
Somos cores
Somos sabores
Somos odores
Somos leitores
De nossa própria tragédia.
Ser poeta é cruel

Eu e a poesia,
A poesia e eu
Somos um
Somos mil
Somos tudo
Somos nada
Galgados no mistério
Do habitáculo dos poemas
Vivemos nos contorcendo,
Nos amando e esquecendo
Que se eu e a poesia
Vivermos mais,
O papel não apodrecerá,
E a vida se regenerará!

Repost em homenagem ao dia da poesia.

Crônica: Não somos nada.


Assim como todos, vejo estarrecido os acontecimentos no Japão. Nem pelo o fato do terremoto, pois os japoneses são extremamente preparados pra isso, mas o que eles não esperavam que um teremoto violentissimo ocorresse no mar, causando uma tsunami que varreu determinada região, afetando inclusive uma usina nuclear. As imagens que pipocam são impressionantes. Só espero que eles se recuperem rapidamente e evitem uma tragédia maior, poois se alguma dessas usinas ameaçadas explodir, será o caos. E mais uma vez como uma ironia do destino, o país seria massacrado por efeitos da radiação.(o que torço muito que não aocnteça, eles não merecem)


O quero tentar desenvolver com esse terremoto que abalaram os nipônicos é que não somos nada diante do poder da mãe natureza.Uma nação que vive sob o estigma de sofrer um terremoto não conseguiu prever um tsunami. Claro que muitas vidas foram salvas, não vimos a bárbarie que foi na região da Indonésia em 2004, mas os danos materiais foram muitos. De tanto o mundo por causa da ganância, a maltrata, a mãe natureza rebate e nos põe no nosso devido lugar. Sim claro, terremotos nã são resultados da nossa mutilação à natureza, mas é um bom contra ataque,não acham?

Outro detalhe é a comoção que se faz pelo o Japão. Acho bonito todos pedindo pra que rezem pelo Japão. Mas me arrisco dizer que 95% das pessoas que twitaram isso sequer sabem rezar ou seguem uma religião. Tem gente que se diz religiosa, mas foge da igreja como o diabo foge da cruz. Fui criado pela doutrina catolica, mas não a sigo, não tenho religião e respeito a todos quem tem, mas não orarei pelo japão, Meus pensamentos positivos são melhores, porque não passam por nenhum receptor.

Força a todas as familias japonesas que perderam entes queridos nessa tragédia.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quarta-feira de cinzas

Confetes e sepentinas ao chão
Também cerveja e vômitos por aí
Misturado a sangue de uma confusão
Mais trabalho pra limpeza dos garis.

Chega-se a hora da verdade
Quem é rei perde a majestade,
Volta a ser oprimido quem tem liberdade,
Vão sentir falta da promiscuidade,
Da alegria forjada da mocidade,
Que acha que tudo é felicidade,
Ilusão barata que alimenta a sociedade.

Deixemos de festança!
Amanhã aturaremos o chefe ranzinza,
Já acabou-se há tempos a apuração.
Chega da falsa esperança,
Já são quarta feira de cinzas,
Acorde pra vida, folião!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mocinho ou vilão?


Mocinho ou vilão?
Qual é o papel de Cada um de nós?
Quem deixou nosso futuro morrer sem dó?
Quem foi o responsável, quem disse
Que era impossível continuar?
Se no dissabor da relação,
Fomos tão egocêntricos,
Tão preocupados em estar certo,
Se o certo era ser feliz?

Assassino ou vítima?
Quem na nossa história vai encarnar a personagem?
Fomos tão infantis
Depois de tudo que foi feito
O carinho se espalhou no vento
Perdido sem ao menos ter um guia,
O amor sumiu enquanto você partia.

Vampiro ou presa?
Quem sugou o amor e cuspiu na pia?
Não adianta mais conjeturar
Somos distantes, imateriais
Sem mais nada a dizer
Melhor viver e esquecer
Apagando os rancores,
Tendo as boas lembranças pra enaltecer.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Música para os ouvidos: Beth Carvalho


No início dos anos 70, Beth Carvalho já era conhecida como intérprete de MPB graças ao sucesso de Andanças, um clássico de Paulinho Tapajós,Edmundo Souto e Danilo Caymmi que ficou em terceiro lugar no festival internacional da canção de 1968. Mas ela sempre se enveredou pelo o samba, queria ser conhecida como intérprete do gênero musical que ela se apaixonara. Começou a buscar compositores do samba esquecidos pelo público e crítica e eternizou canções como "Folhas Secas" de Nelson Cavaquinho, e "As Rosas não falam" de Cartola.

Beth também descobriu um local onde o samba brotava, o cacique de Ramos, E Beth tratou de revelar os talentosos sambistas q ali estavam, como  Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Sombrinha, Almir Guinteto, Zeca Pagodinho, Luis Carlos da Vila, Fundo de Quintal entre outros. Por isso foi dada a ela a alcunha de Madrinha do Samba, sendo que hoje é dificil achar alguum sambista de sucesso que não seja "afilhado" de Beth.

Por ser um grande fã de Beth não deixarei apenas uma música, mais algumas marcantes, o que não são poucas,tentarei não por muitas...rs

Vou festejar(Jorge Aragão/Dida/Neoci)

Diz a lenda que depois do desfile do bloco carnavalesco do Cacique de Ramos em 1977, Jorge entregou a ela, a letra do que seria um dos meus maiores clássicos, o samba rasta povo que conta uma história da vingança,e decidiu festejar a tristeza de quem pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão.Virou grito de guerra do Botafogo, clube de coração da Beth.

Coisinha do Pai ( Jorge Aragão/ Almir Guineto/ Liuz Carlos da Vila)

Outro samba rasta povo que fez sucesso nos anos 70 qaundo foi lançado e em seguida nos anos 90 graças a uma engenheira brasileira da Nasa, que usava a música pra acordar um robô que transitava em Marte. Beth pode se gabar de fazer sucesso em outro planeta....hehehe

As Rosas não falam (Cartola)

condierada por muitos, a melhor interpretação dessa música,onde o samba choro reforça o tom poético da melancolica letra do genial Cartola. E a Donza Zica se emocionando nesse video é de cortar o coração.

Minha festa( Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito)

Poderia por folhas secas, mas quis fugir do mais do mesmo dessa vez, pondo essa bela canção de exaltação ao amor, a alegria, feita por Nelson Cavquinho, o compositor favorito de Beth Carvalho.

Isso tudo foi apenas pra homenagear essa grande cantora que sou fã, que volta aos palcos depois de um ano e meio, por causa de um problema no quadril. Seu show será no sábado, no  Pier Mauá.

Mais informações aqui

OBS: espero não ter escrito muita baboseira, mas fiz de coração esse post.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Crônica: A era do descartável

Acredito que meus cinco leitores tem ou já tiveram Avó. E sempre quando sua mãe comprava um eletrodoméstico novo, e em menos de três anos ele pifa e tem q se comprar outro ela dizia. "No meu tempo, as coisas duravam muito mais!". Avós tem razão. E não somente em eletrodmésticos, tudo durava mais. Casamentos por exemplo, agora se um durar mais de 10 anos merece uma festa de arromba! Mas será que existem culpados onde nõs possamos apontar o dedo com desaprovação?

Ocapitalismo tem lá suas excentricidades. no inicio, as empresas se vangloriam pela a durabilidade do seu produto, depois com avelocidade de produção, e da evolução tecnológica em progrssão geométrica, mais eletrodomésticos inventivos são criados e o rgulho agor aé pela modernidade, pelo design, pela funções legais que ele pode ter. enfim, tudo degringolou quando descobriram que podem fazer as pessoas sentirem necessidade de terem algo que elas sequer imaginam que precisam.

o engraçado é que essa filosofia de consumo extremo se aplicou em outras áreas do noso cotidiano.Se seu amigo dá uma vacilada ocm vc, arrume outro melhor e mais legal; Se seu trabalho não anda bem, arrume outro que trabalhe menos e ganhe mais. até aí tudo bem, né? claro que também concordo, mas e os relacionamentos? é legal esse negócio de ah fico com um depois troco por outro, por outro,por outro...

Filosofia de consumo pra relacionamento nao cola, ao menos pra mim. Não sei se curtir com alguém seja legal, esse negócio de tratar a pessoa como garrafa pet. Tudo bem acho ótimo a liberdade de ficar com uma pessoa conhece-la melhor sem ter a responsabilidade de um compromisso, mas tudo tem seus limites. quer dizer o problema agora é que limites não são mais encontrados.tudo é superfulo, mentiroso, e nesse ritmo vejo cada vez mais dificil existirem bons relacionamentos. porque as bases de um bom relacionamento quase não existem: respeito e confiança se encolhem e daqui a pouco vão virar microorganismos exintos. E o principal será aquela pessoa que reune desing modernidade e potencia, pra elevar alguém a niveis maiores, se é que me entendem...

Sim, eu gosto de ser quadrado. E sei que isso me afasta de muita gente, porque não faço o que todo mundo faz. Não fazer o que tdoso fazem te deixam a margem da sociedade, um louco que não sabe o que é bom. talvez não saiba, viver com umi mínimo de respeito e confiança talvez seja algo tão antiquado. O bom ´eusar e jogar fora gente que nem produto descartável. E como a consiencia ambiental es´ta em alta, ainda reune o plástico pra se reciclar. Parem mesmo o mundo que eu quero descer.