Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
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sábado, 28 de novembro de 2009

Essência

Não vou fazer da força, alarde.
Da vida,só vou fazer parte
Do que me convir.

Não vou falar de amor a esmo,
melhor ser eu mesmo
para o que há de vir.

Não vou chorar sobre o túmulo,
remoer a dor é o cúmulo
de quem deixa a vida partir.

Não vou aguardar a morte
Tenho fé e conto com a sorte
de o meu fim demorar a me sorrir.

Não vou guardar o papel vazio,
no meu talento eu confio,
use-o quando o bem lhe servir.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Música para os nosso ouvidos: Trenzinho caipira


O Jovem Heitor, aos dezoito anos, pouco tempo depois de seu pai falecer, disse a sua mãe: " Eu vou viajar". Sua mãe acatou. Heitor sumiu por três anos, sem dar notícias. A ponto de sua mãe mandar rezar uma missa para a lama do filho perdido. ele reapareceu, falando à mãe: Eu viajei por todo o Brasil!" . A Música estava pulsando por Heitor Villa Lobos, que fez a união entre música clássica e os temas nacionalistas, sendo o principal represante do modernismo na música. Tanto que participou da semana de Arte moderna de 22. Difícil entre suas mais de 1000 canções, sem contar as muitas partituras que nunca foram tocadas( De óperas são oito!) enumerar sucessos, mas as Bacchianas Brasileiras são o marco fundamental de um dos grandes nomes da música brasileira.

Em homenagem a Villa Lobos que nos deixou há 50 anos, Fiquemos então com Trenzinho Caipira, presente em Bacchianas nº2, uma obra que se caracteriza por os intrumentos da orquestra simularem o movimento da locomitva. Trenzinho Caipira foi maravilhosamente versada por Ferreira Gullar:

"Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra,
Vai pela serra, vai pelo mar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar… "

domingo, 8 de novembro de 2009

O Castelo está ruindo


O Castelo está ruindo,
O que fazer?
O peito está ferido
E o sangue corre limpo
Como vencer?
Se os esforços não são sentidos
Se o castelo é invadido
sem ninguém pra socorrer.

O Castelo está ruindo.
Como deixei esquecer
De ter um alicerce estruturado,
Ter o poder imantado
Não teria deixado os inimigos felizes a vencer
Devia ser mais preocupado,
Perceber onde estava errado
Enxergado que eu não quis ver!

O castelo está ruindo
E o sonho está prestes a ceder
Sem chances de ser alarmada,
A lágrima escorre a cara
Sem ter tido permissão pra descer.
Se a paz tão desejada,
Transformou-se em guerra armada,
A chama do ódio continua a arder!

O Castelo está ruindo
Hão razões pra entender?
A faca na carne corta,
A dor não mais importa,
Resta ter a honra de morrer!
Arombam a porta,
E o sangue na ferida brota,
Dói a impotência de não prever.

O castelo está ruindo,
Porque isso foi acontecer?
O guerreiro está ao chão
O ceifeiro, de prontidão
A peste negra deve permanecer
Sem sacerdote pra extrema unção
O corpo pede perdão,
O dia claro ainda vem anoitecer.

O castelo está ruindo
não há como esmorecer,
com toda força se esvaindo,
o castelo está ruindo,
sem ter por perto, você.