Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
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domingo, 31 de outubro de 2010

Crônica: A pobreza de espírito

Vamos traçar um paralelo? Sim é fácil, com dois acontecimentos que chocaram(ou não) muita gente nessa semana e que repercutiram bastante.
1)O Rodeio de gordas, onde jovens de uma faculdade paulista davam em cima de uma menina obesa, ganhavam sua confiança e aí, montavam em cima dela como se fosse um peão da festa de Barretos;.

2) No aniversário do jogador do Santos Zé Eduardo, seus companheiros de clube em vez de ficar somente no já tradicional banho de ovos e farinha, resolveu amarrá-lo a trava, e com direito a chuvas e tentativas de boladas. Neymar, um dos mais jovens do elenco e que estava participando da brincadeira, que resolveu tomar as dores do pobre ,aniversriante e quase saiu no tapa com o jogador Marcel.

Paralelo traçado, o que eles tem em comum? Tirando o fato de serem jovens, e de certa forma, terem um condição econimca saudável($$$), tem uma coisa que intitula esse post. A total pobreza de espírito e a falta de respeito ao seu próximo

No caso dos estudantes que tiveram essa ideia genial e quiseram participar(foram 50 segundo o G1), a falta de respeito com suas colegas de faculdade deflagra outra coisa: O padrão que cada vez é nos imposto e é aceito. Por ser gorda, por ser feia, por ser vesga, por ser amarela de bolinha roxas, ser fora do padrão, não gostar das mesmas coisas do que a maioria é algo passível de punição sumária, essas meninas que com certeza devem estar mais do que arrasadas, que por si só já sofrem por estar acima do peso em meio a um culto feminino a margreza, tem que sofrer desse tipo de humilhação pública, como se fossem aberrações feitas por jovens que acham que estão no filme Amercian Pie, e que a faculdade é uma grande boate. Esses jovens, que com certeza tem pais que bancam tudo aos filhos, não sabem que certos valores fundamentais são feitos para serem seguidos. Respeito pelo o próximo é o principal. Quando se é criança, até se releva certas atitudes infantis, mas na faculdade eles são assim, esse são os futuros engenheiros que teremos no mercado de trabalho em breve.

No segundo caso, o desrespeito beira ao ridículo ao seu colega de trabalho. Mas infelizmente o futebol em si parece viver em uma outra dimensão: salários totalmente fora do padrão e dirigentes paternialistas fazem que garotos e até adultos, no caso desse Marcel, agirem como se fossem os donos do mundo, onde vivem a idolatria dos seus torcedores. Zé Eduardo, que assim como outros jogadores do Santos, já estiveram envolvidos em outras confusões durante o ano, sofreu uma humilhação em rede nacional até, da forma que foi tratado parecia um bandido sendo linchado. ainda foi amarrado a trave e levou tapas e chutes e tudo que tinha direito. e quase leva umas boladas sem chance de ser defender. Neymar, que foi tão criticado por ter insubordinar seu ex- chefe, Dorival Júnior, foi o único que em um gesto nobre tentou intervir. e quase acontece o pior, uma briga com o tal Marcel. Enfim, essa "brincadeira" me lembrou muito aqueles trotes costumeiros  que os veteranos aplicam nos calouros em universidades, uma idiotice sem tamanho, que parece mostrar que a humilhação é a porta de entrada, e que o respeito é besteira. Pobres de espírito são esses jovens que estão por vir, mais uma grande geração perdida que não sabe respeitar os outros e nem a si próprios.


OBS: vou tentar desabrochar esse lado cronista em mim. Espero que gostem. Pretendo escrever sobre essa corrida presidencial, assim que o resultado sair.

domingo, 24 de outubro de 2010

Quadrado e redondo

Viro a mesa
Não me escondo
Tantas cores sem certeza
Muito quadrado pra pouco encaixe redondo
Pouca escuridão pra muita vela acesa
Muita dúvida pra pouca certeza
E eu aqui fico no sapatinho,
Esperando o momento certo,
Mesmo acorrentado de perto,
Os malfeitores ficarão sozinhos,
Sem direito a carinho,
Pois sem melodia não há canção,
Sem surdo não há marcação,
Sem idéias não há evolução
Sem respeito não há relação.

domingo, 3 de outubro de 2010

Acima das nuvens

Acima das nuvens quero estar,
Quando o mundo me chatear
Quando o mundo não entretiver,
Quando o mundo entediar

Acima das nuvens quero estar,
Pisando em chão de algodão,
Sentando em nuvem pra ver amanhecer
Fechando os olhos pra elevar coração.

Acima das nuvens quero estar,
Debaixo olho as coisas pequenas,
Acima estou a recorrer
A Deus, sobre coisas terrenas

Não há melhor lugar
Pra quem quiser entender
Que Deus artesão esteve a moldar
Um mundo que acima das nuvens
Parece bonito de morar,
Que de perto fica ruim
Com dores e tragédias, enfim,
É acima das nuvens que quero ficar!