Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu e a poesia


Eu e a poesia,
A poesia e eu,
Somos cúmplices,
Somos culpados,
Somos inocentes,
Somos inimigos,
Somos mentes do mesmo crime
E nos deleitamos de sangue
Das nossas palavras.

Eu e a poesia,
A poesia e eu,
Somos loucos,
Somos desvairados
Somos ousados
Somos difamados
No tribunal da vida,
Onde a prisão é perpétua
E o verso é algema.
Eu e a poesia,
A poesia e eu,
Somos cores
Somos sabores
Somos odores
Somos leitores
De nossa própria tragédia.
Ser poeta é cruel

Eu e a poesia,
A poesia e eu
Somos um
Somos mil
Somos tudo
Somos nada
Galgados no mistério
Do habitáculo dos poemas
Vivemos nos contorcendo,
Nos amando e esquecendo
Que se eu e a poesia
Vivermos mais,
O papel não apodrecerá,
E a vida se regenerará!

Repost em homenagem ao dia da poesia.

Um comentário:

Luis Eustáquio Soares disse...

ser todo e ninguém, como a poesia, que é água de todos e de ninguém...
saudações,
l