Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
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terça-feira, 2 de janeiro de 2007

A mulher que eu nunca amei

Quero matar a mulher que nunca amei.
Ela não merece o ar que eu respiro
Se hoje ando taciturno,
A culpa não é dela, mas queria que fosse.
Ela não interferiu
Quando magoei quem só me queria bem
Quero muito matá-la, pois não posso amá-la.

Ela não fez questão nenhuma
De me conhecer e ver
Que existe amor por trás da carapaça.
Hei de torturá-la
Por fingir não me ouvir.
Vou prendê-la em um cubículo,
Sua comida será escassa,
Até ela aprender a me consolar
Enquanto choro.

Tenho medo de mim mesmo
Só de imaginar o que irei fazer
Com a mulher que nunca amei,
E que nunca deu a mínima para mim.
Ela nunca me deu chance,
Nunca conversei com ela,
Nunca tive a atenção dela
Todinha para mim.

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