Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
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segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Como qualquer um

Talvez eu permita que meu coração ame você.
Talvez eu entenda coisas que você nunca ousou saber.
Não estou sendo arrogante,
Estou apenas me precavendo de você,
Meu desejo contido.
Nunca subestimei seu poder de atração,
Só que por mais que você me atraia,
Meu bom senso me puxará de volta.
Eu mal te conheço,
Mas te quero como ninguém quis antes.
Minha sensatez anda atenta,
Repete-me uma, duas, três,
Cem, mil, um milhão de vezes:
-Não confie nela!
Não confio, mas amo.
Amo de um jeito insólito,
Em que a entrega à pessoa amada é fundamental.
Não queria amar assim,
Mas ela parece ser tão especial...
E eu que estava acostumado
Com a minha solitude.
Perdoa-me se nossos compromissos me sufocarem,
É porque quero ter um para a vida toda.

E o pior é quando vem
Esta saudade que me flagela.
Como eu queria vê-la,
Apenas vê-la e eu me daria por satisfeito.
Mas minhas histórias de amor são muito complexas.
Eu só queria amar como qualquer um ama.
Talvez desse jeito já estaríamos juntos.
Tudo podia ser bem simples,
Eu a encontraria e sentiria os lábios dela
Junto aos meus.
Mas sinto medo de algo dar errado
E acabo me apaixonando mais ainda.
Realmente, eu não existo.

Hoje eu senti tua falta,
Assim como todos os outros dias.
Eu só quero ouvir tua voz
E reparar em todos os seus detalhes
Que somente um cara apaixonado perceberia.
Que droga!
Eu amo você e nem sabes disso!
Se você não fosse tão extrovertida,
Sentiria menos receio de declarar-me.
Irei dar tempo ao tempo,
Afinal, não dizem que ele é o senhor da razão?
E enquanto isso, eu espero que esta angústia termine
E que eu esteja fazendo a coisa certa.

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