Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
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terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Existencial

Eu podia ficar quieto num canto
E viver a vida sem acrescentar nada à história.
Mas não, tenho que seguir esse ímpeto de mudança
E raiva dentro de mim.
Não posso passar desapercebido.
E por isso, parto diariamente
Para vôos cegos sem esperança.
Mas ás vezes sinto medo
E ele acaba me vencendo.
Fico em silêncio até o pavor passar.
Também sei derrotá-lo,
Mas de vez em quando esqueço como é que se faz.
Assim com esqueço de mostrar quem realmente sou.

Tem dias que acordo e me sinto inferior aos demais.
Em outros eu me faço gigante e venço tudo que quiser.
Hoje eu preciso de uma definição
E nenhum dos meus alter-egos quer se manifestar.
São tantos caminhos a seguir...
A vontade é seguir todos eles,
Mas é preciso escolher.
Eu não sei, eu não sei.
Queria saber o que fazer,
Queria prever meu futuro,
Mas para isso tenho que viver o presente.
Talvez os erros que cometa
São avisos que um caminho deverá ser escolhido,
E ver se o mundo saberá que eu existo.

Sou jovem demais para isso,
Mas o mundo me pressiona e exige decisões.
Além de escolher meu caminho,
Tenho que sentir todos os sentimentos antagônicos,
Amar loucamente.
Porém esse ímpeto é passageiro,
Sei que ele passará,
Assim com tudo que sinto passa.
Sentirei muito medo,
Como um rato acuado,
Sofrerei em um canto,
Persistindo a dúvida
Deste jovem amargurado.
Qual caminho seguirei?

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