I
Paro para escutar o silêncio do meu quarto,
E penso no que ainda está engasgado
No que eu podia ter falado,
Ter descarregado meu ódio farto.
Sem palavra, tu sempre foste assim.
E eu, por pura ingenuidade, acreditava
Que você não brincava
Com os sentimentos alimentados por mim.
Falso, irrecuperável, lábia boa,
Engana a quem quiser
Para satisfazer qualquer prazer seu que houver.
Eu acredito que quem mente vive só,
Porque não há no mundo coisa pior,
Do que amar a toa.
II
Seus odores eram de outros corpos,
E a falsidade, fenomenal.
Cultiva relacionamentos tortos,
Para o seu mero prazer carnal.
Era um (falso) exemplo de homem,
E ainda queria ser igual a você,
Uma pessoa cujas virtudes somem
E dão lugar à podridão do seu vil ser.
Como ele não se perde nas mentiras?
Para que tanto poder?
Ele quer ter todas as mulheres do mundo?
A sujeira aparecerá por esses dias,
E todos irão perceber
Que não existe ser mais imundo.
III
Se eu te encontrar, não respondo por meus atos.
Ainda não esqueci todos os fatos
Que fizeram você sumir,
E tentou fazer a minha vida se destruir.
Mas aos poucos me recupero,
Vivo a minha vida e espero,
Que suas promessas não iludam a mais ninguém,
Assim como iludiu a todos e a mim também.
Foste embora sem dizer adeus
E eu queria que você mantivesse a sua palavra,
E se redimisse dos erros teus.
Não quero que o chão se abra,
Mas o que o destino começa, acaba.
O seu castigo agora está nas mãos de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário