Dançando Entre Lírios mortos,Livro de poesias de Marcos Antônio Filho(Fábrica de livros,15 Reais)
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domingo, 31 de dezembro de 2006

Esboço de uma elegia

Nesse céu não tem estrelas,
Nessa cidade vejo apenas desgostos,
Que durarão para sempre.
Por onde me guiarei?
Meu coração se perdeu.
Quem vai encontrá-lo?
Eu me sinto terrivelmente só.
Tenho vários amigos,
Mas há uma hora do dia
Que a solidão aparece e me entristece.
Queria apagar minha tristeza,
Mas não sei mais amar!
Somente flertes, nada mais.
Deve haver alguém que irá me fazer
Retornar o caminho paradisíaco no amor.

Os dias são tristes, tediosos,
O ápice do ócio.
A alma absorve o mal em minha volta,
Felicidade parece ser lenda.
Satisfação com a vida também.
Aquela sensação de que nada foi feito,
Muito me sufoca.
Fúnebre, esperarei novos tempos,
Fugindo da responsabilidade,
Vegetando nesta morbidez,
Afogado em melancolia.

Tudo está próximo do fracasso,
E ao mesmo tempo, perto do sucesso.
Louco de ódio, perdido de amor,
Um imenso nada dentro de mim.
Sem idéias, criatividade,
Bom-humor, eu me deprimo,
Tristeza insólita me consome
E me contamina a carne.
Não quero me machucar,
Não quero abandonar quem amo
Mas do jeito que está,
Ficou insustentável,
Não sei o que está havendo.

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