Minha alegria é perversa,
Meu prazer é doentio,
Meu amor é possessivo,
Meus sonhos são macabros,
Minha compaixão é egoísta,
Minha influência é maléfica,
Eu sou o que ninguém seria.
Minha verdade magoa,
Minha dor acalenta,
Meu silêncio ensurdece,
Meu olhar paralisa,
Meu gesto condena,
Meu medo seduz,
Minha alma convida,
Ao inferno de vermelha luz.
O tempo me faz chorar
Lágrimas de sangue,
Sangue fétido e imundo,
Para implorar perdão
Sobre as coisas que eu não fiz.
O tempo me pune,
Dando-me a dor sublime da perda.
E enquanto sofria desesperadamente,
O tempo admitia:-O inferno é eternamente aqui.
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